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Lirios do Campo

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Lírios do Campo, ou alho bravo?

Dia das Mães, 1973. Eu estava afundando no poço de auto piedade. Claro. Eu era mãe, mas nossa filhinha, Joy, tinha apenas três anos. Ela sabia pouco sobre este dia especial. E a minha mãe estava longe na Califórnia.

Tínhamos chegado recentemente no Nordeste do Brasil. Formei-me na escola de línguas em São Paulo. Quase não consegui entender o Português do nordestino. Assim, embora que tive o privilégio de ser a mãe de seis seminaristas no internato – nossa comunicação foi difícil e superficial.  Muitas vezes Joy servia de tradutora para mim:)

E tinha outras coisas, coisas difíceis. A chuva começou tarde aquele ano. O Sertão estava quente e queimado. Tudo marrom. Seco. Sempre eu gostava de beleza…flores de cores vivas, o arco íris pintado no céu, a canção alegre dos pássaros...mas não teve nada de beleza no Sertão! Pelo menos eu não achei.

Esticando-me e abrindo-me a boca, me levantei da cama…curtindo um pouco de pena de mim…merecida, é claro! “Dia das Mães!”

Na cozinha, comecei preparar o café. "Ninguém iria servir café na cama…” a minha mente vagueava, “nem convidar-me para almoçar fora depois da Escola Dominical.” E se por acaso quisesse, aonde iríamos? Para a rodoviária comer arroz e feijão?”  As lágrimas estavam prestes a transbordar."

Alguém batendo palmas? Quem podia estar na porta? Essa hora? Enxugando as mãos na roupa, fui olhar…colando um sorriso no rosto.

"Feliz Dia das Mães!" Esmeralda estendeu a sua mão, com um bouquet de lírios…Lírios do Campo. Esmeralda cuja mãe nós tínhamos enterrada apenas um mês antes, também estava sentindo só. Ela sorriu.

Esqueci das minhas tristezas . “São lindos. Onde você os achou?”

“Venha comigo.” Fui com ela ao portão do internato e ali – cobrindo os campos – os campos que até ontem estavam feios com mato queimado- Deus tinha jogado cores: verde, cor de rosa clara, cor de rosa escura, lilás, branco. Milhares de lírios estavam “sorrindo” naquela manhã quieta e fresquinha. Deus tinha dado beleza no nordeste do Brasil.

Esta primavera estava no carro com uma amiga. Tinha chovido duas noites em seguida. Os lírios tinham brotados e os campos estavam cobertos de flores. “Olha? Não são lindos?” Lembrei do presente de Esmeralda. Talvez contaria para minha amiga?

"Hm? Ah. Você está falando do alho bravo? É bonitinho, não é?"

Tudo depende do ponto de vista,,,a perspectiva. "Todos os dias do aflito são maus, mas a alegria do coração é banquete contínuo." Provérbios 15:15. Naquela manhã de maio, há mais de vinte anos, não foi alho bravo que Esmeralda me deu!

Toda primavera quando as chuvas começam e os “lírios de surpresa” aparecer, eu lembro um Dia das Mães e uma moça amável que mostrou amor numa língua que eu podia entender.

Ela pintou meu Dia das Mães com um bouquet de Lírios!


PÃO DE LÓ

2 colheres de sopa. margarina       4 xícaras farinha de trigo

4 xícaras açucar                  1 colher de sopa fermento Royal

6 ovos, separados                1 1/2 xícaras leite morno

Bater as claras em neve e colocar ao lado.

Mexe a margarina, açucar e gemas até ficar cremosa. Adicione os ingredientes secos, alternando com leite morno. Coloque as claras batidas em neve, mexendo levemente. Divide a massa. Adicione 1/2 xícara chocolate em pó a uma parte. Faça dois bolos em formas retangulares...um branco, um de chocolate. Assa no forno médio.

Recheio:

1 litro leite, 1 colher de chá de baunilha, 4 colherres de sopa de maizena, 1 lata de leite condensado, 1 lata creme de leite, 1 gema, 1/2-3/4 xícara leite de côco. Numa panela cozinhe leite, baunilha e maizena até engrossar. Aos poucos adicione a gema, mexendo bem. Coloque os outros ingredientes. Deixe esfriar.

Deixe o bolo esfriar. Corte em tiras de 3 cm. de largura. Então corte em quadrados. Pode montar num plástico retangular de Tupperware ou pode usar uma caixa de sapatos forrada com papel aluminio. Monte como tabua de jogar damas, pintando cada lado de cada quadrado com o recheio. Lembre de alternar o bolo branco com o de chocolate.

Se fizer duas camadas, alternar os quadrados da segunda camada contra da primeira. Sempre pintar os lados e a parte de cima com recheio (cola). Cobrir a primeira camada com recheio antes de colocar a segunda. Guarde na geladeira dois dias antes de colocar o glacê.

Glacê

Leve a fervura 2 xícaras açucar, 1/2 colher de chá de creme de tártaro, uma belisca de sal e 2/3 xícara de água. Cozinhe até dissolver. Aos poucos adicione 2 claras de ovos sem ser batidas, batendo constantemente com batadeira até o glacê está pronto para colocar no bolo. Adicione 1/2 colher de chá de baunilha. Passe no bolo. Despeje côco ralado em cima de tudo. Bom apetite.


Tinha sido um final de semana cheio. E foi depois de uma semana mais cheia ainda. Com certeza não tivemos tempo de ficar entediados:)

Sábado tivemos um "Cha" para as mães...em nosso jardim. As senhoras da Igreja Batista Esperança organizaram um lindo programa, incluindo uma drama sobre a vida de Joquebede, mãe de Moisés.

O tema, "O Jardim do Meu Coração" permiou o programa. E o cheiro das flores em jarros permiava o jardim. Houve várias visitantes...parentes e amigas.

Depois vinha domingo. Dia das Mães! Seria bom ter merenda depois do culto domingo a noite? Sim. "Eu posso fazer um bolo," ofereci. Outras prometeram trazer suco.

Domingo a tarde, arrumei o meu escritório...terminando uns projetos, e preparei minha mala para viajar para Fortaleza depois do culto. Joy estaria chegando dos Estados Unidos cedinho terça feira.

Na hora que estavamos saindo da casa para o culto às seis horas, tocou o telefone. "Por favor, a Senhora pode trazer côco ralado?"

"O bolo!" Esqueci por completo o bolo!

Era tarde demais para fazer qualquer coisa se não ir para o culto. As crianças, sob a liderança de nossa missionária Marli Gavioli, apresentaram números especiais. Depois que Dário pregou, elas tiveram um drama, "Fazendo um Bolo para Mamãe." O bolo que colocaram na mesa em frente parecia muito gostozo! Se fôsse de verdade...

"Parece de verdade," a Shirley cochichou no meu ouvido. Que pena que é apenas isopor!" e ela deu uma risada. Meu coração apertou. Mas, a "mãe" da peça ofereceu o bolo como presente para todas as mães. Com certeza não iria fazer isto se fosse isopor. Prendi a respiração. Quase não consegui esperar.

Uma das mães chegou em frente...guardanapos em uma mão e faca na outra. O Senhor sabia que eu não tive tempo nem coragem para preparar um bolo naquele dia, e Ele permitiu que eu esquecesse.

Com certeza Marli nao fez aquele bolo domingo a tarde!



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